Existe uma pergunta sobre Alzheimer que raramente é feita em voz alta, mas que atravessa a mente de quem assiste ao declínio cognitivo de alguém próximo. Não é uma pergunta sobre tratamentos ou protocolos. Não é sobre genética ou fatores de risco. É uma pergunta existencial, incômoda, que toca no núcleo do que significa ser humano. A pergunta é esta: se você soubesse que vai desenvolver Alzheimer nas próximas décadas, o que faria hoje? Não é pergunta fácil. Porque obriga você a olhar para algo que prefere ignorar. Obriga você a confrontar a possibilidade de perder gradualmente aquilo que define quem você é - sua memória, sua identidade, sua autonomia. Três caminhos se abrem diante dessa pergunta. Cada um deles revela algo sobre como você encara sua própria existência.




